14 de maio de 2009

Whom to marry or not to marry

"One of the greatest causes of unhappiness, nay, misery, in the world, is the steady adherence to the superstition that two young people who feel, when in each other's company, the sexual excitement that is so often mistaken for love, must marry. It is folly for which thousands upon thousands are constantly paying a most fearful price. Love! Why, love means self sacrifice. It means wisdom. Many a man for love has remained a bachelor all his life.


Nature has decreed that certain dispositions will antagonize certain other dispositions. Marriage is often so hasty that these faulty dispositions are not discovered until after marriage, when it is too late to retreat, no matter how much it may be desired.

1st. Two people of similar complexion and temperament should never marry. If they do it will prove a failure.

2nd. Two tall, slim people or two short, heavy-set people should not marry.

3rd. A nervous, fidgety person should never marry another nervous person.

4th. A man should never marry a woman who is given to finding fault, or who is peevish and "cranky" or who scolds her little brothers and sisters.

5th. A woman should never marry a man who is naturally inclined to be arrogant and cruel, or who is inordinately selfish.

Don't marry a girl whose chief aim in life is dress; who hangs around dry goods or millinery stores like butterflies around a gorgeous flower.

To dress extravagantly is a blot upon any woman's character. When the activity of the mind is taken up with finery the soul grows pinched and lean, the mind fails to develop, and such a woman cannot make a decent partner for any sensible man.

So, too, should no girl think of accepting any young man for a lover who is addicted to the use of liquor, or who spends his money in speculation or in fast living. Shun such as you would for an idiot or a fool.

The most important of these is the keeping alive and at its best the sexual desires. This is the highest part of your nature and should be held sacred. Constant or uninterrupted indulgence is sure to destroy its enjoyment and destroy the happiness for both."

Vitalogy
E.H. Ruddock, M.D.
1899

Transcrevendo um conversa que rolou dia desses. Sim, é sobre casamento, estúpido. Excetuando todas as exceções propostas por Ruddock, ainda insisto: por que, ainda assim, as pessoas casam? Falo da cerimônia, de todo o ritual que permeia a união entre uma otária e um mané. Eu acredito piamente que um casal pode se dar bem e viver junto pro resto da vida. Sem casamento.

É porque, veja bem, casamento é uma convenção, e toda convenção é burra. Quem escolhe seguir a trilha do namoro-noivado-casamento-filhos está fadado a um final infeliz, por esse motivo mesmo. Namoro-noivado-casamento é um script, dos mais safados. Um roteiro de drama imbecilóide, cheio de percalços, onde no final, alguém vai: a) levar gaia; b) morrer ou c) levar gaia e morrer. Porque foi assim que escreveram. Casamento é o início da separação. Porque as pessoas teimam em casar por outros motivos que não o gostar puro e absoluto. Casam porque Fulano é filho de Fulano Pai, que é rico e vive na alta; porque Beltrana é uma tabacuda incapaz de matar uma mosca, daí Fulano pode deitar e rolar em cima, embaixo, pela prente e por trás dela; porque Fulano e Beltrana são tão feios que jamais encontrarão qualquer outro otário/otária que os queiram; porque tanto Fulana e Beltrana acham que é normal brigar durante o namoro e que tudo vai passar quando casarem. Lógico.

Mas o motivo mais absurdo é casar porque já namoram há muito tempo, como se por acaso o casamento fosse alguma espécie de prêmio por tempo de serviço.

- Fulano já tá namorando há uns 7 anos. Tá na hora de casar, já.
- É mesmo, visse? Fica enrolando a menina.

Enrolando a menina? Ah, caralhos. E homem tem culpa se mulher tem essa idealização por casamentos, que nada mais é que um desejo feroz de vestir uma porra de um vestido branco, véu e grinalda para posar para as fotos que ilustrarão o álbum que será o centro de toda atividade social dela durante 1 ano, enquanto o marido fica grunhindo no sofá da sala como resposta para cada pergunta que ela faz terminada com "não foi, amôô?" para atrapalhar o futebol? O homem, em sã consciência, não possui a natureza casamenteira. Eles casam por pressão da própria companheira ou pela ala feminina da família desta, um bando de mal-amadas que se deu mal dicumforça em suas singelas tentativas de laçar seus lisos maridos.

Mulheres vivem no mundo daqueles livros tipo Júlia, Sabrina, saca? Aqueles que ninguém compra nas bancas, nem as próprias. Homem não tem o menor saco pra isso. Depois de um tempo, perdem o interesse na história como quem zera um jogo de videogame. Aí largam o controle de lado e vão procurar outro pra zerar. Casamento sufoca. Só o nome já sufoca. Amarrado. Enforcado. Morto. Isso assusta o homem, que acredita em metáforas. Daí, quando ambos percebem que a coisa está por um fio, fazem um fio. Porque o pirralho será a desculpa universal para qualquer resfriamento, falta de tesão, cansaço que venha a assolar o casal.

- Querida, tás muito a fim de uma trepadinha não, né?
- Ah, nãão, querido. Morta de cansada. O bebê me sugou toda.
- Opa, beleza. Até amanhã.
- Até, amô.
- (Ufa!)
- (Ufa!)

Quando um casal não se casa, não tem laços com a igreja ou família ou qualquer outro empata-foda, a coisa flui sem pressão, sem agonia. Mas isso é coisa de quem tem cabeça aberta. De quem gosta de privacidade e topa morar cada um em sua casa ou seu quarto, ao invés de dividir o mesmo espaço prisional eternamente. Isso evita rusgas e excesso de intimidade desnecessária. Sem contar os gastos que uma festa de casamento propicia aos pombinhos. E quem menos aproveita são eles, coitados.

No final, fica a sugestão: corra do altar. A mulher que te propor isso, com direito a festa pomposa e dispendiosa, certamente é uma idiota.

3 comentários:

Maurício Penedo 15 de maio de 2009 às 07:51  

Texto libertador.

Uma visão sensata e coerente de um tabu que enrola muita gente ainda. Mas, como diz o filósofo Buzz Lightear: NÃO DESTA VEZ.

¬¬,  18 de maio de 2009 às 10:05  

essa piadinha de a mulher que quer casar e o homem machinho de saco cheio, vendo futebol e tomando cerveja perdeu super a graça. coisa de idiota.