23 de abril de 2009

Dialogando Inconclusivamente.


Quarta-feira futebolística. Ingresso comprado com meses de antecipação, e guardado num cofrinho de plástico, que tem um buraco no fundo. Dobrar o ingresso não dá. Trava na catraca.

Fila absurda para entrar na arquibancada. O clima é hostil. Vendedores de espetinho, negociando os salsichões a R$2,00. Gritando no seu ouvido, enxugando o suor na cara com a mão, e depois te entregando o espetinho com a mesma. Coidicinema!

Chegando no local determinado pelo costume, sentamos. Tudo molhado. Chove há 3 dias nessa Veneza de pontes de 3ª categoria. Vendedor de pepsi, com um colete imenso escrito: R$2,50. 

"Querido, manda uma pepsi."
- 3 conto.
" Ahn? E esse colete aí?"
- Colete velho, agora é 3 conto.
"Porque aumentou?"
- Sei lá, porra. 

Desisti. 3 conto é foda. Depois desse episódio, você encontra o seu novo melhor-amigo-de-arquibancada. Gordinho, simpático, e o melhor de tudo: Concorda com tudo que você diz. Ademais, tem como companhia uma baixinha linda, com faixa no cabelo, e que parece entender do riscado. Riu de uma piada contada por esse escritor. Coisa linda. Mas não rola paquerar em arquibancada. Não com todo o meu ID exposto, né Freud?

O jogo acaba. Pessoas dançam frevo no molhado. Quedas. Quedas. Quedas. Um miserável vem e diz: Que jogo merda. Brincadeiraissonénãocompanheiro?!

O melhor, como sempre, fica pro final. Entro no meu prédio, e o porteiro que tem mania de dizer tudo pela metade, chega desfilando clareza tática:

"Magááálli jogou nada!"
- Q
"Magálli, porra! Magalli!"
Não tinha como não rir.




1 comentários:

Paulo Oliveira 23 de abril de 2009 às 20:14  

Futebol é a diversão mais autêntica. Você ri até levando fumo, incrível. Pepsi por 3 conto é passifuder. Mas pelo Sport, tudo. Fazer o que?